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Dr. Victor Hugo |
Há três anos iniciei meu trabalho de extensão na cidade de Afonso Bezerra, graças ao Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte.
Durante este período, “contávamos nos dedos” a Parceria que a Prefeitura municipal deste município prestava a EMATER bem como aos agricultores. Não posso ser HIPÓCRITA ao ponto de falar que não tivemos parcerias, estas tivemos, porém, muitas das vezes era feita para satisfazer um problema que interessasse mais a gestão municipal e poucas vezes a maioria dos agricultores.
Na maioria das prefeituras do estado é perceptível o apoio dado a EMATER e por isso estas são dignas de TIRAR O CHAPÉU, uma vez que colaboram muito para ver a extensão rural dos municípios decolarem.
Sempre enxerguei a EMATER E O MUNICÍPIO como um casal em pleno MATRIMÔNIO, dessa forma, um colaborando com o outro, no entanto aqui em Afonso Bezerra, a meu ver, este CASAL estava as vias da separação, apenas UM detalhe deixava o CASAMENTO EM PÉ, a força de vontade dos extensionistas que aqui pisaram, vejamos o caso da minha antecessora: será que ela saiu por que a EMATER entendia que o canto dela era em sua cidade natalícia, ou a mesma foi designada para Assú e depois para outra cidade por causas de FORÇAS OCULTAS A FRENTE DESSA GESTÃO que não a tolerava ?
Que fique esta pergunta condutora “martelando nas cabeças dos leitores”!
Nós que exercemos um cargo tão digno no município que atuamos, somos merecedores dessas ações?
É preciso saber viver como diz Erasmo Carlos, para suportar tamanha pressão, mas, muito mais do que saber viver, é honrar o trabalho e fazê-lo dignamente e isso aprendi não no AGORA, mas no BERÇO.
Não compreendo quais razões que tais personagens levaram para fazer tanta perseguição.
“NADANDO CONTRA ESTA MARÉ REVOLTOSA” a nossa EMATER decidiu “abraçar” a exploração familiar da cotonicultura, uma vez, que ouvia nos discursos dessa gestão o SONHO da retomada do mito do OURO BRANCO, mas percebi que a própria gestão que SONHAVA EM BERÇO EXPLENDIDO com a volta da atividade foi à mesma que auxiliou o seu SEPULTAMENTO.
Apenas quero deixar claro que, caso chegássemos ao sucesso, o mesmo não era da EMATER, mas dos PARCEIROS: AGRICULTORES, PREFEITURA E EMATER.
Creio que possuímos fatos de mais para comprovar o DIVORCIO de três anos ou mais de parceria teóricas.
Quero deixar claro aos agricultores que não guardo rancores dos FARISEUS MODERNOS que me perseguiram impiedosamente, porém quero registrar a minha saída deste município, não pelo PEDIDO POLÍTICO, isto é o meu pensamento, mas como uma escolha que fiz para dar o caminho livre para que minha INSTITUIÇÃO ENCONTRE ALGUÉM TÃO BOM QUANTO MINHA PESSOA, CAPAZ DE REFAZER ESTE “CASAMENTO DE PARCERIAS”.
Vejo na cidade de Campo Grande uma Gestão DEDICADA A AGRICULTURA FAMILIAR, capaz de abrir caminhos para técnicos competentes como eu, dessa forma não resta outra saída se não ser adotado por outro povo, nunca se esquecendo da hospitalidade e do RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE AFONSOBEZERRENSE, pois tenho a plena convicção que para ELA eu “TIRO O CHAPEU” e agradeço por ter me dado à oportunidade de acumular experiências salutares.
Nesta ocasião quero agradecer a Câmara dos Vereadores de Afonso Bezerra pela parceria concedida e pedir que em nome da população, que continue com este trabalho íntegro e que possa a cada dia “AMARRAR OS LAÇOS” com a EMATER, pois ela necessita de vosso apoio, pode ser que meu substituto necessite ainda mais de vossa ajuda.
Em especial 3 pessoas de vossa casa merece meu OBRIGADO, são elas: os Vereadores Aldenor Bezerra, Carlinhos da Serra e Walquir Umbelino.
Quero prestar também meus agradecimentos pessoais à direção da Associação Comunitaria dos Agroprodutores do Vale Umari Jacumã, na pessoa do Sr. Fernando Soares pelo trabalho prestado a EMATER.
É oportuno citar a parceria que nossa Instiuição tem para com o Banco do Brasil e o BNB, e deste modo, quero também agradecer a amizade compacta construída em tão pouco tempo com o amigo Jean e sua família.
Jamais me esquecerei da oportunidade que o Ver. Agtônio Soares da cidade de Pedro Avelino me concedeu em prestar serviço na Unidade de Apoio ao produtor Rural de Pedro Avelino, tenho plena consciência que jamais receberei a GRATIFICAÇÃO prometida de um determinado político, esqueci que não devemos contar com promessas de políticos, salvo raríssimas exceções, mas não há GRATIFICAÇÃO melhor do que ver a satisfação de um agricultor pelo seu trabalho realizado, pois ele sabe mais do que meros PATENTIADORES DE CARGOS que nós da extensão somo formadores de opiniões e promotores da construção do conhecimento.
Não me esquecerei também do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Afonso Bezerra, sempre fomos e seremos parceiros, MANINHA, GILIANE e aqueles que lá também trabalham em prol dos agricultores
O regional de Assú, que atualmente conta com a liderança do Sr. Evilásio Farias não pode ficar de fora, pois sou muito grato a ele por ter me concebido esta oportunidade, como também é digno de minhas desculpas pois diante de tudo que passei nesses últimos tempo, o mesmo apenas tentou me ajudar, enquanto eu imaginava o contrário.
Agradeço também ao trabalho dedicado da colega de trabalho Jorgeana Holanda, que seu espírito extensionista aflore para se dedicar e ajudar aqueles que anseio pelo trabalho da Emater local.
E para encerra este desabafo, hoje eu tenho convicção de que sei a DIFERENÇA ENTRE DÁ UMA MAO E ACORRENTAR A UMA ALMA, ISTO PORQUE A MINHA ALMA FOI LIBERTA, É POSSÍVEL PERDOAR OS AUTORES DESTA CONJUNTURA ? SIM, APENAS QUERO RESSALTAR QUE O PERDÃO O LIVRA DA CULPA E NÃO DAS CONSEQUENCIAS QUE IRÁ DE VIM.
Cordialmente Victor Hugo Pedraça Dias –Eng. Agrônomo - Analista de Extensão Rural de Campo Grande
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